A ação descarada de contrabandistas e falsificadores de nota fiscal avança sobre o mercado formal de bebidas no Paraná. Temos hoje um sistema quase todo contaminado, com aproximadamente 80% das vendas de vinhos e destilados sendo de origem duvidosa ou de descaminho.
A grande operação Dose Certa, deflagrada recentemente pela Receita Estadual em conjunto com outros órgãos de segurança, colocou na pauta um tema que há muito vem sufocando o nosso setor de gastronomia e entretenimento - a concorrência desleal provocada por produtos contrabandeados ou vendidos com notas falsas.
Durante as investigações, foram encontradas diversas situações envolvendo o setor de bebidas. No entanto, o grande mal ainda não foi atacado - a rede e as teias clandestinas que se espalharam por todo estado, com consumidores de todos os níveis sociais e econômicos, desde ao frequentador do Country Club ao Bailão.
Uma epidemia que começou ser enfrentada na gestão de Renê Garcia na Secretaria da Fazenda, com carta branca do governador Ratinho Junior. As ações, que combatem mercadorias adulteradas e fecham depósitos e fábricas clandestinas são prioridades e contam com apoio total de nossa categoria.
Estamos perdendo dinheiro e espaço para o mundo subterrâneo do comércio ilegal deste produtos e que destroem as lojas especializadas e seus distribuidores legais. Ao não recolher os altos impostos, acabam gerando consequências como desemprego e até afetando a saúde pública dos consumidores.
Nossa luta agora é para que o governo reveja as taxas ou alíquotas dos produtos, principalmente a forma de cobrança para reconquistar o espaço do produto com qualidade, procedência e selos de garantia.
O Paraná tem o segundo maior imposto do Brasil que, aliado a fronteira com dois países e divisas com estados com alíquota até 50% mais barata, criaram a receita perfeita para sermos o ente da federação que mais consome bebidas com algum tipo de crime, seja contrabando, descaminho de outros estados e até falsificação
Fábio Aguayo
Presidente da Associação Brasileira de Bares e Casas Noturnas (Abrabar/SindiAbrabar) e vice-presidente da Federação das Empresas de Hospedagem, Gastronomia, Entretenimento e Similares do Paraná (Feturismo)
Foto legenda (fabio aguayo)
Aguayo: "Nossa luta agora é para que o governo reveja as taxas ou alíquotas dos produtos"
Foto: Divulgação
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